Após operação da PF, senador Rodrigo Cunha chama atenção para época que Renan Calheiros foi presidente da Salgema
08/12/2024 22:14:24Por redação
A Operação Lágrimas de Sal, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21/12), lança luz sobre uma realidade oculta na exploração de sal-gema em Maceió, com implicações que vão além do período apurado por Renan Calheiros.
Enquanto o senador busca assumir o papel de investigador na CPI da Braskem, os documentos apreendidos revelam uma conexão mais profunda com a presidência do Conselho da Salgema (atual Braskem).
A exploração de sal-gema, que ocorreu de 1976 a 2019, deixou como legado uma instabilidade no solo de bairros como Pinheiro, Mutange, Bebedouro e arredores.
A descoberta de documentos que revelam Renan Calheiros assumindo a presidência do Conselho Salgema, anteriormente desconhecidos pelo público, levanta questões sobre sua real participação e comprometimento com a empresa.
O ex-presidente do Conselho da Salgema (atual Braskem) agora se encontra no centro de uma investigação que aponta uma discordância entre as atividades efetivamente realizadas na mina e as autorizações concedidas à empresa.
O senador Rodrigo Cunha, nas redes sociais, aponta para a responsabilidade de Renan Calheiros na tragédia em Maceió, destacando sua liderança na exploração de sal-gema e seu apoio à expansão da mineração na cidade.
A Superintendente da Polícia Federal em Alagoas, delegada Luciana Paiva Barbosa, ressalta a discordância entre o que estava autorizado e o que foi efetivamente realizado na mina, sinalizando irregularidades na condução das operações.
O jornal apreendido pela PF destaca que, ao assumir a presidência do Conselho de Administração da Salgema, Renan Calheiros reafirmou seu compromisso com a viabilização e consolidação da empresa, considerando-a vital para o desenvolvimento de Alagoas. No entanto, a investigação aponta para uma contradição entre suas declarações e sua responsabilidade na tragédia que assolou Maceió.