Mauro Cid tem perdão negado pela PGR, que vê falhas na colaboração

Mauro Cid tem perdão negado pela PGR, que vê falhas na colaboração
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) negou o perdão judicial ao tenente-coronel Mauro Cid, delator no caso da tentativa de golpe de Estado em 2022. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, Cid teve um comportamento contraditório, com omissões e resistência ao cumprir integralmente os compromissos da delação premiada. Por isso, a PGR recomendou apenas a redução de 1/3 da pena, e não o máximo de 2/3 possível.


Além disso, a PGR rejeitou a conversão automática da pena de prisão em restritiva de direitos, alegando que Cid foi omisso e não reconheceu sua participação nos fatos. Apesar de considerar a delação "pontualmente eficaz", a PGR classificou os depoimentos como superficiais e pouco esclarecedores. Um perfil no Instagram, supostamente ligado a Cid, foi citado como possível indício de conduta ambígua.


O parecer, com 517 páginas, também pede a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete pessoas envolvidas.