Por Redação com agências

A oposição afirma ter alcançado o apoio de 41 senadores favoráveis à abertura do processo de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O número, segundo os parlamentares Nikolas Ferreira (PL-MG) e Rogério Marinho (PL-RN), garante maioria para a admissibilidade da denúncia no Senado.

Apesar disso, a abertura do processo depende exclusivamente do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que já sinalizou a aliados que não irá pautar o pedido. A destituição de um ministro do STF exige o voto de pelo menos 54 senadores.

Nikolas Ferreira afirmou nas redes sociais que o apoio do senador Laércio Oliveira (PP-SE) garantiu o 41º voto. Ele publicou ainda o passo a passo do processo de impeachment no Senado, destacando que, com a admissibilidade, o ministro seria afastado até o julgamento final.

Em coletiva, Rogério Marinho confirmou a contagem e classificou o avanço como uma "vitória" da oposição. “Mesmo num Senado onde há maioria governista, prevaleceu o Brasil”, disse, cobrando que Alcolumbre receba o pedido.

Governistas rejeitam impeachment e falam em chantagem

Lideranças governistas negam qualquer possibilidade de avanço do processo. Cid Gomes (PSB-CE) afirmou que Alcolumbre já decidiu: “não há hipótese de que eu coloque para votar essa matéria”. Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, foi mais incisivo: “o Senado não vai se curvar à chantagem”.

A principal demanda da oposição, o impeachment de Moraes, voltou a ganhar força após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo ocupou a mesa diretora da Câmara nesta semana em protesto.

A oposição também divulgou um site onde é possível acompanhar o posicionamento de cada senador. Dos 81 parlamentares, 41 se declararam favoráveis, 21 estão indecisos e 19 são contrários.