Justiça de Alagoas nega liberdade a Kel Ferreti; influenciador foi condenado por estupro em pousada de Maceió

Justiça de Alagoas nega liberdade a Kel Ferreti; influenciador foi condenado por estupro em pousada de Maceió
Foto: reprodução

Por redação


O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) negou, nesta quinta-feira (29), o pedido liminar de liberdade do influenciador digital Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, condenado a 10 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de estupro. A decisão foi proferida pelo desembargador João Luiz Azevedo Lessa, que considerou haver elementos concretos para manter a prisão preventiva.


Ferreti foi sentenciado em abril deste ano pela 4ª Vara Criminal da Capital, por ter estuprado uma mulher em junho de 2024, dentro de uma pousada no bairro de Cruz das Almas, em Maceió. Ele está preso desde dezembro do ano passado. A decisão de primeira instância apontou o uso de extrema violência contra a vítima, que, segundo o processo, foi subjugada fisicamente durante o ato.


Ao analisar o Habeas Corpus, o desembargador destacou que a concessão de liberdade em caráter liminar é medida excepcional e que, no caso de Ferreti, havia justificativas claras para manter a custódia cautelar. “Há risco à ordem pública, especialmente diante da brutalidade do crime e da existência de outro processo criminal em curso contra o réu”, afirmou o relator.


Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPAL), a vítima conheceu o influenciador por meio de um grupo de WhatsApp voltado a jogos de azar. Após uma sequência de conversas e transferências de dinheiro, os dois marcaram um encontro. No quarto de hotel, a mulher teria sido agredida com socos, tapas e um golpe com o punho fechado. Ela também relatou penetração forçada, mesmo demonstrando dor e pedindo para que ele parasse.


Ferreti nega todas as acusações, mas o juiz da 4ª Vara Criminal, Josemir Pereira, considerou o depoimento da vítima firme e coerente. A versão dela foi sustentada por fotos dos ferimentos, prints das conversas e laudos periciais que comprovaram lesões compatíveis com a agressão relatada.


A defesa do influenciador alegou ilegalidade e falta de fundamento na prisão, mas o Tribunal concluiu que suas condições pessoais favoráveis — como residência fixa ou primariedade — não são suficientes para revogar a prisão preventiva. A manutenção da custódia, segundo a decisão, é necessária para garantir a ordem pública e evitar novos crimes.