Trump compara ataque ao Irã a bomba atômica em Hiroshima: 'Foi a mesma coisa'

Trump compara ataque ao Irã a bomba atômica em Hiroshima: 'Foi a mesma coisa'
Foto: reprodução

Por redação com InfoMoney e Financial Times


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou nesta quarta-feira (25) os bombardeios dos EUA contra instalações nucleares do Irã aos ataques atômicos de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial, e declarou que “isso acabou com a guerra entre Israel e Irã”. A fala foi feita durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Haia, na Holanda.


“Não quero usar o exemplo de Hiroshima, não quero usar o exemplo de Nagasaki, mas isso foi essencialmente a mesma coisa — isso acabou com uma guerra”, disse Trump, segundo transcrição da reunião. Ele completou: “Isso acabou com [a guerra entre] Israel e Irã. Se não tivéssemos eliminado [as instalações nucleares], eles estariam lutando agora.”


Trump descartou a importância do relatório da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (Defense Intelligence Agency – DIA), que afirmou que os ataques atrasaram o programa nuclear do Irã apenas por alguns meses. “Eles realmente não sabem”, afirmou o presidente, acrescentando que o dano só poderá ser plenamente avaliado após análise de Israel: “Acho que Israel nos dirá muito em breve”. O Pentágono investiga o vazamento do relatório da DIA em conjunto com o FBI.


O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Effie Defrin, disse: “Posso afirmar aqui, a avaliação é que danificamos severamente o programa nuclear e o atrasamos por anos.”


Trump afirmou acreditar que o estoque iraniano de urânio enriquecido a 60% foi atingido nos ataques e que “eles não tiveram chance de retirar nada das instalações… É muito difícil remover esse tipo de material”.


Indagado se os EUA poderiam atacar novamente caso o Irã restabelecesse sua infraestrutura nuclear, respondeu: “Claro.”


Apesar de críticas feitas na terça-feira aos dois lados por supostas violações da trégua mediada pelos EUA — incluindo a frase “não estou feliz com Israel” —, Trump afirmou na Otan estar “muito orgulhoso” da contenção israelense diante de violações atribuídas ao Irã. “Benjamin Netanyahu deveria estar muito orgulhoso de si mesmo”, disse.