Em carta, Michelle cobra Lula por crise com Trump e tarifaço

Em carta, Michelle cobra Lula por crise com Trump e tarifaço
Foto: reprodução

Por redação


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro leu ,neste sábado (12), durante um evento no Acre, uma carta aberta endereçada ao presidente Lula com críticas à condução do governo petista em relação à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O discurso foi feito dias após o presidente americano Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.


Michelle afirmou que “esse tipo de sanção, até hoje, só foi aplicada a países reconhecidos como ditaduras” e disse que o Brasil estaria vivendo uma “ditadura disfarçada de democracia”. Ela acusou Lula de agir com “ideologias doentias”, “desejo de vingança” e de “alimentar divisões”, acrescentando que o presidente “tem a oportunidade de evitar essas sanções”.


“Você precisa parar de se juntar aos movimentos terroristas e aos ditadores. A imagem de um Brasil pacífico e de progresso está destruída porque você está se juntando a essas pessoas e arrastando o Brasil para o buraco”, afirmou. 


A ex-primeira-dama também comparou o atual governo a uma cobra “que se enrola devagar e sufoca a sua vítima”.


Ao fim do discurso, ela pediu moderação. 


“É hora de baixar as armas da provocação; cessar os tambores de ofensas e hastear a bandeira do diálogo e da paz.” 


Michelle ainda disse que o país espera “um gesto de lucidez” do presidente e encerrou com uma citação religiosa: “Todo poder vem de Deus, mas ai daquele que o usa para oprimir os inocentes!”


​​Nota de Eduardo


Em nota assinada em conjunto com um ativista bolsonarista, o deputado Eduardo Bolsonaro responsabilizou Moraes por Trump ter decidido implementar tarifas de 50% sobre todos os produtos do Brasil.


O deputado celebrou sua articulação internacional pela criação da “Tarifa-Moraes”, batizada por ele em alusão às “violações” do ministro contra “jornalistas, cidadãos, residentes dos Estados Unidos” e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.


“Enquanto o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes colecionavam violações de direitos humanos contra jornalistas, contra cidadãos e residentes dos Estados Unidos, também avançavam sobre o líder maior da oposição, o ex-presidente Jair Bolsonaro, negando-lhe garantias mínimas de legalidade, defesa e presunção de inocência na forma da farsa de um julgamento quase sumário em um tribunal de exceção.


Em reação às restrições de vistos para violadores da liberdade de expressão anunciadas pelo governo americano recentemente, o Supremo resolveu retaliar. Já na semana seguinte à medida, a corte pautou — e decidiu — por uma revogação parcial do Marco Civil da Internet, medida que inviabiliza o funcionamento regular das redes sociais americanas no Brasil. Um ataque direto à liberdade de expressão com consequências globais”, diz trecho.