Por Redação

Aos 116 anos, Joana do Espírito Santo, moradora de Rio Largo, em Alagoas, pode ser a pessoa mais velha do mundo. Nascida em 2 de fevereiro de 1909, segundo sua carteira de identidade, ela supera a britânica Ethel Caterham, registrada pela organização LongeviQuest como a mais idosa viva, nascida em agosto do mesmo ano.

Apesar da impressionante longevidade, o reconhecimento oficial é improvável. O registro de nascimento de Joana foi destruído nas enchentes de 2010, que devastaram o cartório de Murici. A prefeitura de Rio Largo tentou recuperar a documentação, mas não obteve êxito e decidiu não buscar o título de mais velha do mundo. Ainda assim, outros documentos, como carteiras de trabalho e registros sindicais, confirmam a data de nascimento.

Joana vive em uma casa simples ao lado da filha e do genro. Mãe de 21 filhos, avó de cerca de 50 netos e bisavó de um número incontável de descendentes, ela leva uma rotina tranquila, dormindo até o meio-dia e recebendo cuidados do programa “Melhor em Casa”. Viúva há 40 anos, dedica boa parte do tempo a rezar o terço e cantar, enquanto guarda lembranças marcantes, como a invasão de Lampião em Delmiro Gouveia e uma festa com Luiz Gonzaga.

Sem saber ler ou escrever, Joana encara a própria longevidade com serenidade. Questionada sobre o segredo para viver tanto, ela responde simplesmente: “Só Deus sabe”.