Vereadores de Arapiraca cobram repasses do Governo de Alagoas para hospitais públicos

Vereadores de Arapiraca cobram repasses do Governo de Alagoas para hospitais públicos
Foto de Capa: Zé Neto

Por Redação com assessoria


O atraso no repasse de recursos do Governo de Alagoas aos hospitais públicos de Arapiraca dominou a sessão ordinária da Câmara Municipal nesta terça-feira (7). Vereadores afirmaram que a falta de pagamentos tem comprometido o funcionamento de unidades de saúde, resultando na suspensão de serviços e no fechamento de maternidades.


Entre os pontos abordados, foram citados a interrupção do atendimento oncológico no Hospital Chama, a ausência de tomógrafo no Hospital de Emergência — há quase cinco meses — e a desativação de maternidades na cidade. Parlamentares classificaram a situação como insustentável e pediram medidas urgentes do governo estadual.


O vereador Vavazinho afirmou que a crise compromete diretamente a população. “Os hospitais sofrem por falta de repasses de recursos do estado, porque nós temos um governo em Alagoas que não paga suas contas”, disse, ao lembrar que o único tomógrafo em funcionamento está no Hospital Regional de Arapiraca.


A vereadora Jackelline Barbosa ressaltou que, mesmo diante das dificuldades, o Hospital Regional mantém atendimentos a gestantes de alto risco e risco habitual, com apoio da prefeitura. “O problema é que o hospital é porta para a sétima região de saúde e as gestantes de Arapiraca perdem sua vez porque os leitos estão ocupados por pacientes de outros municípios”, afirmou.


O vereador Dr. Fábio destacou que a falta de repasses afeta todo o estado. “Os recursos não estão sendo repassados para os hospitais de Arapiraca e as mães estão dando à luz em outras cidades, ou em outros estados. Há meses que o estado não vem cumprindo com seus deveres”, declarou, ao sugerir uma audiência pública para discutir a situação.


O vereador Adriano Targino alertou para o risco de colapso no sistema. “Arapiraca está passando por um momento muito difícil e nós temos que convocar a Sesau para explicar porque os recursos não estão chegando nos nossos hospitais. Muitos já fecharam as portas”, disse.


O presidente da Câmara, Leo Saturnino, defendeu a realização de uma audiência para debater os impactos do fechamento de serviços, como a maternidade do Hospital Chama. “A falta de recursos do estado resulta na suspensão dos atendimentos hospitalares em Arapiraca, trazendo transtornos a pacientes e riscos de vida a gestantes e bebês”, afirmou.


A audiência deve reunir gestores municipais e estaduais para discutir alternativas que garantam a continuidade dos atendimentos no município. Até o momento, o Governo de Alagoas não se manifestou sobre as denúncias.