UFAL confirma investigação sobre possíveis fraudes em cotas de baixa renda no curso de Medicina
09/10/2025 17:23:05
Por Vinícius Rocha/Francês News
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) confirmou que está promovendo as apurações necessárias sobre denúncias de possíveis fraudes no sistema de cotas por renda no curso de Medicina, em Maceió. O caso, revelado pela Francês News na última semana, envolve candidatos que teriam se matriculado em vagas destinadas a pessoas de baixa renda, mesmo sendo servidores concursados em Pernambuco, com salários bem acima do limite previsto pelas regras da política afirmativa.
Em nota divulgada nesta terça-feira (7), a Ufal informou que as investigações estão sendo conduzidas em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). A instituição reforçou que a comprovação de baixa renda leva em conta os registros do CadÚnico do Governo Federal e “outros meios de prova previstos nos editais”.
Apesar da confirmação da apuração, a universidade não detalhou quais etapas estão sendo realizadas, nem o prazo para conclusão do processo administrativo. Também não especificou quais seriam os “outros meios de prova” aceitos além do CadÚnico para verificar a condição socioeconômica dos candidatos.
O caso foi formalmente protocolado no MPF sob o nº 20250065150/2025 – autuação 1.11.000.001270/2025-65 e também registrado no sistema Fala BR, da Ouvidoria-Geral da União, sob o nº 23546.097431/2025-85.
As denúncias apontam que ao menos dois candidatos, uma servidora pública estadual, com remuneração de cerca de R$ 5,5 mil, e um policial civil, com salário de aproximadamente R$ 11 mil, teriam ingressado na graduação como cotistas de baixa renda.
O Ministério Público Federal acompanha o caso, mas ainda não se manifestou oficialmente sobre as medidas que poderão ser adotadas. Enquanto isso, estudantes que aguardam na lista de espera da Ufal relatam preocupação com a falta de transparência e de prazos definidos, já que o semestre letivo teve início na última-segunda-feira (6).
A Ufal reiterou, ao final da nota, seu “compromisso com a lisura e a transparência dos processos seletivos, visando garantir o efetivo cumprimento das políticas de ação afirmativa previstas em lei”.
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