Por Redação

Dois irmãos já condenados pelo assassinato do auditor fiscal João de Assis, ocorrido em 2022, receberam novas condenações nesta terça-feira (21) por crimes contra a ordem tributária. A sentença decorre de uma investigação que revelou um esquema de sonegação de impostos envolvendo o depósito de bebidas fiscalizado pela própria vítima antes de ser morta.

O principal condenado, Ronaldo Gomes de Araújo, foi responsabilizado por quatro crimes, entre eles sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A Justiça reconheceu redução parcial da pena em razão de confissão espontânea.

Os irmãos Ricardo e João Marcos Gomes de Araújo também foram sentenciados por lavagem de dinheiro e associação criminosa, mas absolvidos da acusação de sonegação, por ausência de provas diretas.

Outros dois réus, Maria Selma Gomes Meira e João Correia de Araújo, foram absolvidos integralmente.

Ronaldo e Ricardo já cumprem penas superiores a 41 anos de prisão cada, impostas em novembro de 2024 pelo assassinato do auditor João de Assis, considerado um crime de repercussão nacional e motivado pela atuação do servidor no combate à fraude fiscal.

As novas condenações reforçam, segundo o Ministério Público, o caráter sistêmico das práticas ilícitas mantidas pelo grupo, que teria se beneficiado de um esquema prolongado de evasão tributária e lavagem de recursos.