Por Redação com agências 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira vermelha patamar 1 nas contas de luz em novembro. A medida representa uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, conforme anunciou o órgão nesta sexta-feira (31).

De acordo com a Aneel, o cenário permanece desfavorável para a geração hidrelétrica no país, em razão das chuvas abaixo da média e da redução nos níveis dos reservatórios. Por esse motivo, será necessário acionar usinas termelétricas, cuja produção tem custo mais elevado.

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 para refletir o custo real da energia elétrica. O sistema considera fatores como a disponibilidade de recursos hídricos e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.

No patamar atual, a bandeira vermelha indica condições mais custosas de geração. Já os outros níveis tarifários são: verde (sem acréscimo), amarela (R$ 0,01885 por kWh) e vermelha patamar 2 (R$ 0,07877 por kWh).

Em paralelo, o governo federal segue com a ampliação da tarifa social de energia elétrica, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro. O programa, batizado de Luz do Povo, beneficia pessoas inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo por pessoa.

Quem consome até 80 kWh por mês tem isenção total do pagamento pela energia, arcando apenas com tributos locais, como ICMS e taxas de iluminação pública. Já os consumidores de até 120 kWh recebem desconto médio de 12% na fatura.

Segundo o governo, cerca de 60 milhões de brasileiros estão contemplados pelas novas regras — sendo 16 milhões com tarifa zerada e outros 44 milhões com redução no valor da conta de luz.