Alfredo Gaspar diz que corruptos deveriam ter o mesmo tratamento dado a criminosos do Rio

Alfredo Gaspar diz que corruptos deveriam ter o mesmo tratamento dado a criminosos do Rio
Alfredo Gaspar durante CPMI do INSS - Foto: Divulgação

Por Francês News


O deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) defendeu, nesta segunda-feira (3), que corruptos deveriam receber o mesmo tratamento dado aos criminosos mortos durante a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que terminou com 121 mortes.


Durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Gaspar elogiou a ação das forças de segurança e criticou o que considera uma desigualdade na aplicação da lei.


“Quero bater palmas para a polícia do Rio de Janeiro. Bandido que não respeita a polícia, é chumbo mesmo. Mas eu tenho pena da polícia não ter a mesma autorização para fazer isso com os corruptos com poder. Esse Brasil não pode continuar dividido dessa forma. O povo quer justiça igualitária. Para corrupto, forca. Para corrupto, o mesmo tratamento de bandido perigoso”, declarou o parlamentar.


O comentário foi feito durante o depoimento de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), investigada por realizar descontos indevidos em aposentadorias de milhares de segurados do INSS, movimentando mais de R$ 221 milhões.


Escândalo do INSS


As investigações sobre o esquema vieram à tona após uma série de reportagens do portal Metrópoles, publicada a partir de dezembro de 2023.

Os levantamentos apontaram que a arrecadação de entidades ligadas a aposentados disparou para R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações acumulavam milhares de processos por fraude nas filiações.


O caso resultou na abertura de inquérito pela Polícia Federal e no avanço das apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). As denúncias levaram à Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano, que culminou nas demissões do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.