Ex-prefeito dispara contra concurso de Craíbas e denuncia salários “injustos e desestimulantes”
10/11/2025 10:02:21
Por Redação com Jornal Extra
O ex-prefeito de Craíbas, Ediel Leite, abriu fogo contra o novo concurso público lançado pela gestão municipal, afirmando que os salários previstos no edital representam uma clara desvalorização de profissionais que exigem formação superior. Segundo ele, cargos como assistente social, psicólogo e educador físico recebem valores equivalentes — e até inferiores — a funções com menor exigência de escolaridade.
Ediel insistiu que suas críticas não têm o objetivo de desmerecer nenhuma categoria profissional, mas de evidenciar a falta de equilíbrio entre responsabilidade técnica, qualificação exigida e remuneração oferecida. Para ele, o edital transmite a mensagem de que estudar mais e se qualificar não é recompensado pela administração local.
O ex-gestor também questionou a jornada de 40 horas semanais para cargos técnicos, remunerados com R$ 1.518,00, afirmando que o valor não cobre custos básicos como deslocamento, alimentação e dedicação integral. A crítica se intensifica no caso de profissionais que precisam se deslocar de outras cidades para cumprir o expediente.
Na avaliação de Ediel, a combinação de carga horária extensa e remuneração baixa tende a afastar candidatos experientes e qualificados, prejudicando o nível dos serviços públicos ofertados à população. “O concurso, da forma como está, não é atrativo. É injusto para os profissionais e ruim para a cidade”, reforçou.
Outro ponto levantado por ele foi o baixo número de vagas ofertadas — apenas 280 — considerado insuficiente diante do total de servidores efetivos, contratados e comissionados que atuam hoje no município. Para Ediel, a medida não ataca o verdadeiro problema: a dependência de contratações temporárias e a manutenção de privilégios da gestão atual.
Ele acusou o edital de perpetuar irregularidades e de não promover uma renovação transparente no quadro efetivo, algo que, segundo o ex-prefeito, deveria ser prioridade em qualquer concurso público sério. A crítica se concentra na falta de planejamento e no descompromisso com a profissionalização da máquina pública.
Ediel também afirmou que levará o caso ao Ministério Público e à Câmara Municipal, buscando fiscalização rigorosa do certame e revisão imediata dos valores oferecidos. Para ele, a intervenção é necessária para proteger os direitos dos profissionais e assegurar padrões mínimos de justiça salarial.
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