Alagoas segue entre os estados mais pobres do país, com um dos menores rendimentos domiciliares do Brasil

Alagoas segue entre os estados mais pobres do país, com um dos menores rendimentos domiciliares do Brasil
Dados da FGV mostram que rendimento domiciliar per capita do alagoano é o quinto menor do país - Foto: Divulgação

Por Francês News


Apesar dos números que apontam crescimento nominal da renda, Alagoas continua no grupo dos estados mais pobres do Brasil. O dado é de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base na Pnad Contínua do IBGE e revela que o rendimento domiciliar per capita em 2024 foi de apenas R$ 1.331, o quinto menor do país.


O levantamento escancara que, mesmo com sucessivos anúncios de “avanço” econômico, a realidade das famílias alagoanas pouco mudou. A diferença entre o rendimento médio do Estado e a média nacional, hoje em R$ 2.069, mostra um abismo que continua a se aprofundar.


Na prática, o ritmo de crescimento da renda tem servido mais para suavizar os índices de pobreza do que para gerar melhora efetiva no padrão de vida. Grande parte dos domicílios ainda depende de benefícios sociais e empregos informais, enquanto os setores produtivos seguem estagnados e incapazes de absorver a mão de obra local.


Economistas alertam que o dado evidencia um quadro de estagnação estrutural. “Alagoas cresce a partir de uma base muito baixa, o que mascara a gravidade do problema. A renda sobe no papel, mas o cotidiano da população segue marcado pela precariedade e pela dependência do Estado”, aponta o estudo da FGV.