Áudio de mãe de médico morto revela pedido para nora ignorar denúncia de estupro

Áudio de mãe de médico morto revela pedido para nora ignorar denúncia de estupro
Áudio de mãe de médico morto revela pedido para nora ignorar denúncia de estupro - Foto: Reprodução

Por Francês News


Uma gravação que chegou à Polícia Civil e ao Ministério Público, responsáveis pelo caso envolvendo a médica Nádia Tamyres, revela uma conversa entre ela e a mãe de Alan Carlos de Lima, médico morto a tiros no último domingo (16).


No diálogo, a mãe da vítima sugere que a nora abandone a denúncia de abuso sexual feita contra o ex-companheiro.


Na conversa, a mulher afirma que é preciso “vigiar os homens”, diz que não se deve confiar em ninguém e comenta que situações de estupro “não acontecem só com o vizinho”.


Em entrevistas anteriores, Nádia relatou ter denunciado Alan por abuso sexual contra a filha do casal há cerca de um ano e meio. Ela também informou possuir medida protetiva contra o ex-marido.


“Vamos começar a observar. O mundo está cheio dessas coisas. Não confio em ninguém, nem em babá”, diz a ex-sogra em um trecho da conversa.


A médica rebate afirmando que não tinha condições de manter contato com Alan. “Não tem como ficar perto dele. Se for verdade, ele não pode ver ela crescer. Não tem como viver assustada”, responde Nádia.


Em outro momento, a mãe de Alan orienta a médica a “botar ordem” na casa e afirma que não se pode confiar “em nenhum homem”, chegando a citar nomes que parecem ser de parentes. Nádia, então, comenta que essas pessoas deveriam proteger a família, e não representarem risco.


Prisão preventiva


Nesta segunda-feira (17), durante audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva de Nádia Tamyres. As investigações da Polícia Civil continuam.


Relembre o caso


O médico Alan Carlos foi baleado dentro de um carro em frente à Unidade Básica de Saúde do Sítio Capim, na zona rural de Arapiraca. Ele morreu ainda no local. Nádia, ex-esposa da vítima, foi detida logo após os disparos e permanece presa.


A defesa afirma que ela atirou para se proteger e proteger a filha, alegando que acreditou estar prestes a sofrer uma emboscada — versão apresentada na audiência de custódia.