James Cameron, diretor do filme Titanic, compara acidente do submarino com o do navio: "o capitão foi repetidamente avisado"

James Cameron, diretor do filme Titanic, compara acidente do submarino com o do navio: "o capitão foi repetidamente avisado"
Foto: Reprodução

O cineasta James Cameron falou, na última quinta-feira (22), à televisão americana sobre a tragédia do submarino Titan, que implodiu durante uma descida aos destroços do Titanic, segundo revelou a Guarda Costeira americana no mesmo dia. Cameron é o diretor do filme de 1997 sobre o naufrágio, tendo ele mesmo realizado visitas ao local, que fica a uma profundidade de 3, 8 mil metros.


"Muitas pessoas na comunidade estavam preocupadas com esse submarino. E os top players da comunidade de engenharia submarina escreveram uma carta para a companhia falando que o que eles estavam fazendo era muito experimental", ressalta Cameron.


O diretor, que tem experiência na construção de submersíveis, afirma na entrevista que a OceanGate não seguiu os protocolos de segurança. Cameron, que se refere a atividade das viagens submarinas como uma "arte madura" , comparou a tragédia do Titan ao naufrágio do próprio Titanic.


"Estou impressionado com a semelhança do próprio desastre do Titanic, onde o capitão foi repetidamente avisado sobre o gelo à frente de seu navio e ainda assim ele navegou a toda velocidade", diz o cineasta.


Cofundador rebate


Guillermo Soehnlein, cofundador da empresa americana OceanGate Expeditions, cujo submersível implodiu com cinco pessoas a bordo perto dos destroços do 'Titanic', afirmou nesta sexta-feira (23) que a segurança estava em primeiro lugar quando a companhia de exploração em águas profundas foi criada.


Guillermo Soehnlein, que fundou a OceanGate com Rush antes de abandonar a empresa em 2013, afirmou que não participou no projeto de concepção do submersível "Titan", mas negou que o amigo atuasse de forma imprudente.


"Ele também era extremamente diligente na gestão de riscos e muito consciente dos perigos de operar em um ambiente oceânico profundo. Esta foi uma das principais razões pelas quais concordei em fazer negócios com ele em 2009", destacou.