Redação

A ausência do Centrão na posse dos novos ministros de Lula sinaliza um distanciamento dos aliados históricos do governo. Enquanto partidos de centro buscam presidências de comissões na Câmara, a escolha de Alexandre Padilha (Saúde) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), ambos do PT, desagradou siglas aliadas que reivindicam mais espaço.

A mudança ministerial ocorre em meio à queda de popularidade de Lula e é vista como uma guinada à esquerda, principalmente pela postura crítica de Gleisi em relação à política econômica de Fernando Haddad.

Gleisi adotou um tom conciliador ao assumir o cargo, buscando diálogo com o Congresso, mas também demonstrou um perfil combativo, mirando a oposição e já sinalizando estratégias para 2026.

A reforma tributária e o orçamento de 2025 são prioridades do governo, mas a ausência de lideranças do Centrão na posse indica desafios na articulação política. Ao mesmo tempo, a oposição busca desgastar o governo com convocações de ministros e pedidos de informações, além de impulsionar a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Agora, Gleisi tem a missão de recompor alianças e garantir governabilidade, ao mesmo tempo em que se prepara para a disputa eleitoral de 2026, seja para um novo mandato de Lula ou para um sucessor apoiado pelo presidente.