Por Francês News

O governo dos Estados Unidos reforçou suas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em publicação oficial nas redes sociais. O Bureau of Western Hemisphere Affairs, órgão do Departamento de Estado americano, classificou Moraes como "tóxico" e reafirmou as sanções impostas ao ministro. A mensagem, compartilhada pela Embaixada dos EUA no Brasil, alerta que indivíduos ou empresas que mantenham relações com Moraes podem enfrentar consequências graves.

As críticas ocorrem em resposta a dois acontecimentos recentes. Na segunda-feira (18), o ministro Flávio Dino decidiu que leis e decisões judiciais estrangeiras só produzem efeitos no Brasil após análise de autoridades nacionais, protegendo a soberania do país. Paralelamente, Alexandre de Moraes concedeu entrevista ao Washington Post onde afirmou que "não recuará um milímetro" nas investigações sobre atos golpistas de 2022.

O Departamento de Estado americano manteve o tom contundente em sua publicação: "Alexandre de Moraes é tóxico para empresas e indivíduos que buscam acesso aos EUA" e "violadores de direitos humanos e seus apoiadores enfrentam riscos". Embora não tenha citado explicitamente a decisão de Dino, o momento da postagem sugere uma reação ao fortalecimento da tese de soberania jurídica brasileira.

No STF, os ministros têm adotado posicionamentos firmes sobre a autonomia do judiciário brasileiro. Flávio Dino destacou em sua decisão que leis estrangeiras não têm efeito automático no país, protegendo empresas e cidadãos de interferências externas sem homologação local. Já Alexandre de Moraes, em entrevista ao jornal americano, vinculou sua atuação à defesa da democracia, afirmando que o STF fará "o que é certo, baseado em provas".