Reações em AL: como políticos dividiram o Estado após a prisão preventiva de Bolsonaro
24/11/2025 12:09:16
Por Redação com agências
A manutenção da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, votada por ministros do STF nesta segunda-feira (24), repercutiu intensamente na política alagoana. Enquanto nomes da direita apontaram perseguição e abuso de poder, parlamentares alinhados à esquerda defenderam a decisão como um marco democrático.
O vereador Leonardo Dias (PL) classificou a prisão como “vergonhosa” e disse que o Judiciário age de forma política contra Bolsonaro. Para ele, a medida é desproporcional e reforça a tese de perseguição ao ex-presidente, detido após a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.
Também na Câmara de Maceió, Caio Bebeto (PL) afirmou que o país vive um “dia triste”, alegando que a prisão representa ameaça à democracia. O parlamentar declarou que Bolsonaro é “um homem de bem” e voltou a atribuir o episódio a motivações políticas.
Na Assembleia Legislativa, o deputado Cabo Bebeto (PL) disse que a decisão ocorre em momento de fragilidade do ex-presidente. Ele insinuou que Bolsonaro corre risco e classificou o episódio como desumano, criticando duramente o Supremo Tribunal Federal.
Entre os deputados federais, Marx Beltrão (PP) afirmou que a prisão tem “traços de vingança” e reflete medidas desproporcionais aplicadas contra Bolsonaro. Para ele, o processo amplia ainda mais o clima de instabilidade política no país.
Arthur Lira (PP), ex-presidente da Câmara, declarou que a prisão preventiva “não se justifica” e reacende a polarização nacional. Segundo o parlamentar, nenhum país deve se orgulhar de ter seus ex-presidentes presos, reforçando a gravidade institucional do momento.
Na ala progressista, a vereadora Teca Nelma (PT) comemorou a decisão e destacou o caráter simbólico do caso. Para ela, o Judiciário acerta ao reagir a quem “tentou dar golpe de Estado”, afirmando que o país começa a reparar suas feridas democráticas.
O deputado federal Fábio Costa (PP) também criticou a decisão de Moraes, chamando a prisão de perseguição política. Ele comparou o caso a condenados por corrupção que hoje ocupam cargos públicos, dizendo que o país perde confiança na Justiça.
Já o deputado Ronaldo Medeiros (PT) afirmou que “a justiça tarda, mas não falha”, lembrando a atuação de Bolsonaro na pandemia. Segundo ele, a prisão reacende a esperança e envia um recado contra a impunidade e o negacionismo científico.
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