Por Redação*

Apesar do bom desempenho à frente do Ministério dos Transportes, Renan Filho não aparece entre os nomes cotados para compor a chapa de reeleição do presidente Lula. Mesmo reconhecido no governo pela entrega de obras e por medidas como a redução no valor da CNH, o ministro é tratado como opção para projetos futuros.

Dentro da cúpula petista, Renan é visto como aliado articulado e defensor da gestão, mas segue distante das discussões centrais sobre a vice. O principal motivo é a baixa projeção nacional. Alagoas, seu estado de origem, ocupa apenas a 19ª posição entre os maiores colégios eleitorais do país.

Com Lula já consolidado no Nordeste, dirigentes avaliam que a composição ideal da chapa deve mirar estados com peso eleitoral mais expressivo. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul estão no topo dessa lista.

Mesmo com essas especulações, a tendência é de manutenção do atual vice-presidente, Geraldo Alckmin. Além de integrar o governo como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin tem atuado com discrição e boa interlocução com o empresariado paulista.

A participação do vice também é considerada relevante em temas internacionais, incluindo as negociações com o governo Trump sobre tarifas aplicadas a produtos brasileiros.

Nos bastidores, o entendimento é de que Alckmin reúne elementos que fortalecem a estratégia eleitoral do presidente, enquanto Renan Filho deve permanecer como ativo político para movimentos posteriores dentro da base governista.

Com agências.