Paulo Dantas, Marina Cintra e Wagney Dantas ignoram abertura da Exposição do Quilombo Cajá dos Negros

Paulo Dantas, Marina Cintra e Wagney Dantas ignoram abertura da Exposição do Quilombo Cajá dos Negros
Foto: Reprodução

Por Redação


A abertura da Exposição Foto Etnográfica sobre o Quilombo Cajá dos Negros, em Batalha, chamou atenção não apenas pela força das imagens, mas também por quem não apareceu. Nem o governador Paulo Dantas, nem Marina Cintra, tampouco o prefeito Wagney Dantas prestigiaram o evento.


Localizado no agreste alagoano, o Quilombo Cajá dos Negros possui relevância histórica, cultural e social reconhecida dentro e fora de Alagoas. A mostra, assinada pelo psicólogo social e fotoartista Ricardo Maia, destaca o cotidiano e as raízes ancestrais do território. O evento ocorreu nesta segunda-feira (08), dia consagrado à Rainha do Mar.


Ricardo Maia apresentou a exposição intitulada “Cajá dos Negros: uma comunidade de destinos quilombolas em Batalha”. O fotoartista afirmou que o objetivo é valorizar o espaço social, simbólico e político da comunidade, que tem protagonismo crescente nas pautas de identidade e ancestralidade.


A frente de honra contou com a coordenadora da Galeria da DITEAL, Mariá Marcelino; o secretário estadual de Direitos Humanos, Marcelo Nascimento; o historiador e produtor cultural Alexsandro Rocha; além dos quilombolas Ítalo Vinícius e Israel Oliveira, pesquisador e mestre em Antropologia pela UFAL.


A ativista Arísia Barros, presente no evento, lembrou que, em 2022, dialogou com o então deputado Paulo Dantas sobre demandas urgentes do território. Na época, o político solicitou propostas de políticas de desenvolvimento para Cajá e outros quilombos. Entre as ações efetivadas, apenas a pauta da empregabilidade avançou.


Para Arísia, o momento exige mais compromisso institucional. Ela cobrou que Estado e municípios, especialmente Batalha — administrada por Wagney Dantas —, estruturem estratégias dinâmicas e políticas públicas antirracistas que fortaleçam os territórios de matriz ancestral. “Quilombos produzem micro-revoluções”, afirmou.


Vale destacar ainda que Alagoas abriga 78 quilombos vivos e mais de 31 mil quilombolas, depositários de histórias, saberes e trajetórias que merecem mais que discursos. “Se transformam em exposições porque são densos, reais e pulsantes”, destacou, o blog do Cada Minuto, Raízes da África.


A exposição permanece aberta ao público até 14 de janeiro de 2026 e já é considerada um marco no calendário cultural do estado.O blog finalizou com um recado direto: “Ei, Paulo Dantas! Ei, Marina Cintra! Criem um espaço na agenda e vão prestigiar a exposição. Convidem também o prefeito Wagney Dantas. Não custa nada, não é mesmo?”