Greve da educação chega ao 30º dia com protestos e embate público entre governo e servidores

Greve da educação chega ao 30º dia com protestos e embate público entre governo e servidores
Foto: reprodução

Por redação


A greve dos trabalhadores da educação estadual em Alagoas completou 30 dias com um novo capítulo de tensão entre a categoria e o governo. Em protesto realizado durante inauguração de um ginásio escolar no bairro do Farol, em Maceió, servidores e representantes do Sinteal denunciaram o que consideraram uma postura hostil do governador Paulo Dantas (MDB) e sua equipe.


O ato, descrito como pacífico, visava pressionar o Executivo a abrir diálogo diante do impasse nas negociações. “A escola é o nosso habitat, nosso local de fala. Fomos tentar conversar, mas houve resistência. O governador nos tratou como inimigos, com cordão de segurança e ameaças de punição”, afirmou o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro.


As manifestações públicas, como a desta terça (29), têm sido uma das estratégias da categoria para ampliar a visibilidade da greve, iniciada em 1º de julho.


A principal reivindicação é o reajuste salarial de 10% com recursos do Fundeb — o governo propôs 4,83% — além de outras pautas represadas desde 2023.


Em entrevista à Nova Brasil, Izael destacou que a greve não é movida por intransigência. “Queremos trabalhar, mas com dignidade e estrutura. O que falta é vontade política do governo para negociar com seriedade”, disse.


Durante o ato, segundo o Sinteal, o governador também teria solicitado corte de ponto dos grevistas, multa de R$ 500 por servidor e bloqueio das consignações sindicais. A atitude foi criticada por lideranças do movimento como tentativa de enfraquecer a mobilização da categoria.


Ao final do protesto, o sindicato convocou uma nova manifestação para esta quinta-feira (31), às 9h, no CEAGB, e uma assembleia geral no dia 1º de agosto para avaliar os rumos do movimento.