Tem pressão 12 por 8? Agora, você deve ser acompanhado mais de perto
26/04/2025 18:00:49
Redação com Estadão
A nova diretriz europeia de manejo dahipertensão arterial mudou a classificação da pressão considerada normal: sai o tradicional 120 por 80 (o famoso 12 por 8) e entra o 120 por 70 (ou 12 por 7). A redução segue estudos que indicam maior predisposição a complicações cardiovasculares a partir de um nível de 115 por 70 e, apesar de ser voltada a médicos europeus, já começa a ser adotada também em consultórios no Brasil.
O documento também cria uma nova categoria, batizada de “pressão arterial elevada” — onde foi parar o 12 por 8, e que demanda acompanhamento mais próximo do paciente. Na prática, a classificação fica assim:
- Pressão arterial não elevada: abaixo de 12 por 7
- Pressão arterial elevada: entre 12 por 7 e 13.9 por 8.9
- Hipertensão arterial: maior ou igual a 14 por 9
A medida vale para adultos a partir dos 20 anos. Antes disso, há outra classificação, que considera a idade, o sexo e a altura do paciente, explica o cardiologista Fábio Argenta, membro do Comitê de Comunicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
A diretriz também traz outras duas mudanças, uma em relação aos pacientes na categoria intermediária e a segunda direcionada a quem é diagnosticado com a hipertensão.
Para quem tem alto risco cardiovascular – como histórico de infarto ou diabetes – e integra o grupo da “pressão arterial elevada”, onde se enquadra o 12 por 8, a Sociedade Europeia de Cardiologia recomenda uma abordagem inicial baseada em mudanças no estilo de vida, incluindo prática de exercícios físicos e a adoção de uma dieta saudável. Se, após três meses, a pressão não estabilizar em um nível abaixo de 13 por 8, a orientação é iniciar o tratamento com medicamentos.
A segunda é justamente sobre os remédios. Uma vez diagnosticada a hipertensão, a sugestão é adotar logo no começo uma terapia combinada, com duas medicações com baixa dosagem. “As vantagens disso são a sinergia entre as classes de medicamentos e a atuação em diversos mecanismos fisiopatológicos da hipertensão”, diz Argenta.
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