Por Redação

Em União dos Palmares, moradores que buscaram atendimento no Hospital Regional da Mata (HRM) relataram dificuldades no acolhimento e no tratamento recebido na unidade de saúde. Entre as principais reclamações estão a ausência de exames, demora para encaminhamento e percepção de tratamento desigual entre pacientes.

Uma mãe contou que procurou atendimento duas vezes para a filha, com febre e diarreia persistente, mas não recebeu solução definitiva. "Na primeira vez, deram soro e paracetamol e mandaram embora. Voltei dois dias depois porque ela não melhorou, aplicaram injeção para dor e passaram alguns medicamentos, mas até hoje ela continua fraca, sem comer, e não fizeram nenhum exame", relatou.

Outro paciente, que possui doença crônica e depende de cuidados constantes, disse que em uma das idas ao hospital foi orientado de forma ríspida a procurar a UPA ou um posto de saúde no bairro.

"Eu estava com dor e o posto não resolve, a UPA não resolve. Fui buscar ajuda no hospital e o médico ficou irritado. Tem profissionais que atendem bem, mas outros tratam com ignorância", afirmou.

Um terceiro depoimento envolve o caso de um jovem que sofreu acidente de moto e chegou ao HRM com lesão no pé. Segundo o pai, houve demora no atendimento em razão de discussões sobre o fornecimento de uma bota ortopédica de R$ 250.

"Quando chegou um paciente ligado a vereador, o atendimento foi imediato. O filho de um trabalhador e o filho de um político deveriam ter o mesmo valor. Mas não foi isso que aconteceu", disse.

Outro morador afirmou ainda desconfiar da atuação de parte da equipe médica. "Muitos médicos são novos e não passam segurança. Em alguns casos, é melhor procurar um farmacêutico experiente, que muitas vezes indica um tratamento mais adequado", declarou.