Por redação

A comunidade do Alto do Céu, localizada em Coqueiro Seco, na região Metropolitana de Maceió, enfrenta uma situação crítica após as fortes chuvas que atingem Alagoas. Com cerca de 300 moradores, em sua maioria pescadores e marisqueiros, a população vive sob constante ameaça de deslizamentos de terra e tem escapado do pior apenas ao ouvir estalos no terreno — sinais de movimentação do solo.

Vistorias realizadas por representantes do Ministério Público, do Judiciário e da Defesa Civil confirmaram a instabilidade da área, mas os moradores relatam abandono por parte das autoridades. Eles também questionam a real eficácia das obras emergenciais realizadas no ano passado, que não impediram o agravamento da situação atual.

Além do risco geológico, as famílias enfrentam uma crise econômica provocada pela queda na produção de mariscos, diretamente impactada pela elevação do nível da Lagoa Mundaú. A combinação entre o risco de desabamento e a perda de sustento aumenta o clima de insegurança na comunidade.

O governo de Alagoas anunciou uma parceria para desapropriação da área e construção de novas moradias em local seguro, mas não há prazos definidos para o início das obras. Enquanto isso, os moradores seguem expostos ao perigo e cobram medidas urgentes para garantir sua segurança e dignidade.