Por redação com informações do Globo

Marcus D'Almeida, número um do mundo do tiro com arco, e Rebeca Andrade, campeã mundial e panamericana na ginástica artística, foram escolhidos os melhores atletas do ano de 2023 e receberam o Troféu Rei Pelé, em festança do Comitê Olímpico do Brasil, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O Prêmio Brasil Olímpico é concedido anualmente pelo COB. Rebeca ganha a homenagem pela terceira vez seguida. E Marcus, pela primeira vez.

Marcus D’Almeida concorria com Filipe Toledo (surfe) e Hugo Calderano (tênis de mesa). E Rebeca, com a dupla Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia) e Bia Haddad (tênis).

Rebeca já havia recebido o prêmio de Destaque da Temporada, voltado para a melhor performance de atleta dos Jogos Pan-americanos Santiago 2023, concedido pela PanAm Sports Awards (o Brasil venceu em quatro categorias, com Rebeca, Maria Eduarda Alexandre, com premiação Legado Cali 2021, Douglas Matera, o melhor atleta paralímpico masculino, e Monik Bissoni, melhor atleta de eSports).

"Não tem como ser um ano melhor, estou muito realizada mesmo, de verdade. Só de ter sido indicada já foi uma honra, ainda mais para um evento que é tão grande e tão importante para o esporte brasileiro. Volto para casa radiante e já tenho um lugarzinho para guardá-lo junto com os outros (troféus)", comemorou Rebeca.

A ginasta estreou em Jogos Pan-americanos e levou duas medalhas de ouro (salto e trave) duas de prata (barras assimétricas e por equipes). Ela chegou no evento com embaixadora, após conquistar cinco medalhas, sendo uma de ouro, no salto, três de pratas e uma de bronze no Mundial, na Bélgica.

Marcus D'Almeida teve ano excelente. Chegou a liderança do ranking mundial em fevereiro e não saiu mais. Em Santiago-2023, foi bronze por equipes com o time masculino, e prata na dupla mista ao lado de Ana Machado. Ele ficou em terceiro lugar na etapa de Paris da Copa do Mundo, competição que serviu de evento-teste para os Jogos, e ouro na etapa de Xangai.

Em 2023, o brasileiro ganhou ainda a Copa do Mundo, no México, torneio que reúne os oito melhores do planeta e tem importância semelhante à do Mundial.

"Acho que ninguém no Brasil poderia falar que imaginou que o tiro com arco ia ter o número um do mundo, o melhor do ano do país. Então, eu acho que é isso, sinto a mesma sensação que todo mundo vai sentir, porque é algo único para todo mundo. O que era o tiro com arco há cinco anos atrás, não era nada. Era arco e flecha."