Por Redação 

Em uma noite marcada por reviravoltas, o Conselho Deliberativo do CSA decidiu nesta segunda-feira afastar a presidente Mirian Monte e toda a diretoria executiva do clube. A medida, tomada dois dias após o rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro, foi justificada pela alegação de “gestão temerária”.

Mirian não compareceu à reunião, realizada no escritório da Meyer, no Farol. Em seu lugar, o presidente do conselho, Clauwerney Ferreira, assumiu de forma interina e anunciou que novas eleições devem ocorrer em até dois meses. Segundo ele, foram constatadas práticas irregulares, como acordos sem análise jurídica, pagamento de “bichos” fora do padrão e patrocínios conduzidos por diretores.

“Não podemos esperar ninguém fechar contas e ficar no CSA quando se houver acordos que indicam irregularidade”, afirmou Ferreira.

Integrantes da gestão afastada reagiram. Max Mendes, gerente de marketing, defendeu que a decisão foi precipitada, já que Mirian teria pedido 15 dias para concluir trâmites burocráticos ligados à recuperação judicial antes de renunciar.

Mirian assumiu em março de 2024, após a saída de Rafael Tenório. Seu curto mandato teve conquistas, como a Copa Alagoas e a vaga na Copa do Brasil de 2026, mas terminou com a queda inédita à Quarta Divisão — o episódio que acelerou sua saída. Ela é a terceira presidente a deixar o clube desde 2022, reflexo da instabilidade política que abala o CSA.