Conselho do CSA denuncia agiotagem, sumiço de documentos e pagamentos irregulares em coletiva
23/09/2025 11:29:32
Redação
A crise administrativa do CSA ganhou novos contornos nesta segunda-feira (22), após graves denúncias feitas pelo presidente do Conselho Deliberativo, Clauwerney Ferreira, durante coletiva no Centro de Treinamento Gustavo Paiva. Segundo ele, a atual gestão contraiu empréstimo com agiota sem autorização do Conselho, efetuou pagamentos de premiações (“bichos”) por meio da conta de um diretor, e teve imagens de câmeras de segurança e documentos importantes apagados ou retirados do CT.
“O CSA pegou empréstimo de agiota. Isso é sério. Está aqui. É certo isso? Quem é que vai pagar isso? Ou a gente fazia essa intervenção ou não saberíamos onde isso ia parar”, declarou Ferreira.
De acordo com o dirigente, no dia seguinte ao jogo contra o Brusque, que selou o rebaixamento do clube, documentos foram retirados do CT e, horas depois, todo o conteúdo do HD de gravações de segurança foi apagado. “Não temos arquivo de nada do que passou aqui no CT. As câmeras só começam a gravar a partir de 2 de setembro, ao meio-dia. Enviamos o HD para um perito para tentar recuperar as imagens”, explicou.
A junta diretiva, formada por Ferreira e pelos conselheiros Ricardo Omena, Antônio Carlos Lessa e Thales Azevedo, também apontou irregularidades no pagamento de premiações a jogadores, com valores que chegariam a R$ 60 mil por atleta, mesmo com o clube em processo de Recuperação Judicial e com 13º e férias de 2024 atrasados.
“Pagaram bichos enormes enquanto o básico não foi pago. Encontramos um caso de R$ 120 mil transferidos para a conta de um diretor, responsável pela distribuição. Mas não temos comprovantes de que o dinheiro chegou aos jogadores”, afirmou Ferreira.
Outras suspeitas envolvem diretores que teriam recebido comissões de patrocinadores por meio de empresas próprias, além de irregularidades na compra de uniformes e materiais esportivos.
Ferreira exibiu ainda imagens das más condições do CT, com infiltrações, lixo acumulado, arquivos espalhados e equipamentos desaparecidos. “O desmantelo é grande. Se não fizéssemos a intervenção, só Deus sabe onde ia parar”, criticou.
A diretoria executiva do CSA está afastada por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 90, enquanto o Conselho busca realizar uma eleição geral até novembro para evitar prejuízos ao planejamento da temporada 2026.
A assessoria do CSA informou na última segunda-feira, dia 22, que o clube iria registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil.
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