Por redação

A Polícia Civil de Alagoas divulgou nesta quinta-feira (8) que laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) indicam que o estado de conservação do corpo da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira não é compatível com o período de mais de quatro dias em que teria permanecido no local onde foi encontrado, em Novo Lino.

De acordo com a polícia, os exames reforçam a hipótese de que o cadáver possa ter sido manipulado ou mantido em outro ambiente — possivelmente sob refrigeração ou outro método de conservação artificial — antes de ser colocado no armário da residência onde foi localizado. O corpo estava enrolado em plástico, nos fundos da casa onde a mãe, Eduarda Silva de Oliveira, vivia.

O caso ganhou repercussão nacional após o desaparecimento da bebê ser denunciado em 11 de abril, quando Eduarda relatou um falso sequestro às margens da BR-101. Contradições da mãe durante as investigações levaram a polícia a descartar a versão do sequestro e localizar o corpo na própria casa. O inquérito já resultou no indiciamento de Eduarda por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. As investigações continuam para apurar se houve participação de terceiros.