MP/AL denuncia Kel Ferreti e mais 7 influenciadores por fraudes com jogos e rifas
19/06/2025 04:04:15
Por redação
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), ofereceu denúncia contra oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa voltada à prática de fraudes digitais. Entre os denunciados está o influenciador digital Kel Ferreti, preso durante a Operação Trapaça, que apura crimes como lavagem de dinheiro, manipulação de rifas e promoção de jogos de azar on-line.
A investigação teve como ponto de partida o cassino virtual "Fortune Tiger", popularmente conhecido como “jogo do tigrinho”, promovido em campanhas publicitárias por diversos influenciadores. A denúncia, protocolada no último dia 9, aponta que os acusados utilizavam as redes sociais para atrair vítimas com falsas promessas de prêmios e enriquecimento rápido.
Esquema de rifas e lavagem de dinheiro
De acordo com o MP, a organização era liderada por um ex-policial militar que ostentava bens de luxo nas redes e operava o esquema por meio da divulgação de links de apostas e rifas, em parceria com outros influenciadores. A denúncia detalha como os sorteios eram supostamente fraudados, beneficiando membros da própria organização e lesando os participantes.
“Essa prática, além de ilegal, reforça o caráter enganoso das atividades dos criminosos, que utilizavam a falsa promessa de prêmios para atrair vítimas e legitimar o esquema ilícito”, afirmou o promotor de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf.
O grupo também teria utilizado “laranjas” para esconder patrimônio, como veículos de luxo registrados em nome de terceiros, mas exibidos publicamente nas redes sociais dos envolvidos.
Penas somadas podem chegar a 254 anos
A denúncia pede a condenação do suposto líder da organização a 77 anos e cinco meses de prisão. Para os demais sete denunciados — todos influenciadores digitais — o MP requer penas que, somadas, ultrapassam 177 anos. No total, o Ministério Público pede 254 anos e sete meses de reclusão para os acusados.
Também foram denunciados o proprietário formal de veículos de luxo usados pelo líder da organização, sua esposa — que também promovia rifas e jogos — e um sócio de uma das empresas envolvidas.
Operação Trapaça e atuação do Gaesf
Deflagrada em dezembro do ano passado, a Operação Trapaça recebeu esse nome em referência ao engano aplicado contra as vítimas, que eram induzidas a acreditar que poderiam enriquecer com jogos de azar on-line — o que, segundo o MP, não passa de uma ilusão construída por campanhas enganosas.
O Gaesf é uma força-tarefa formada por representantes do Ministério Público, Secretaria da Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado, Polícias Civil e Militar, Secretaria de Ressocialização e Polícia Científica.
“Com mais essa denúncia proposta pelo Gaesf, o Ministério Público de Alagoas reforça seu compromisso com o combate à criminalidade organizada, à lavagem de dinheiro, à manipulação de rifas e à proteção da ordem econômica e social”, finalizou o promotor Cyro Blatter.
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