Por Redação 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30) o reforço no policiamento da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou “risco concreto de fuga” do ex-chefe do Executivo.

A medida prevê a presença de agentes na área externa da residência e a vistoria obrigatória em todos os veículos que entrarem ou saírem do local. Além disso, porta-malas deverão ser abertos, e cada fiscalização precisa ser documentada com dados de identificação dos carros, motoristas e passageiros. Os relatórios devem ser enviados diariamente à Justiça.

Moraes descartou a entrada de policiais dentro da casa, como chegou a ser cogitado, mas destacou a necessidade de eliminar os “pontos cegos” na vigilância, identificados pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal devido à proximidade de imóveis vizinhos.

Na sexta-feira (29), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu medidas mais rígidas de monitoramento, mas sem autorizar transferência de Bolsonaro para uma unidade prisional ou qualquer violação à sua privacidade domiciliar.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, acusado de envolvimento em uma suposta trama golpista para anular as eleições de 2022.