Primeira Turma do STF decide hoje sobre manutenção da prisão preventiva de Bolsonaro

Primeira Turma do STF decide hoje sobre manutenção da prisão preventiva de Bolsonaro
Bolsonaro segue preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília (DF). - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Por Francês News


Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidirão nesta segunda-feira (24) se mantêm a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A sessão virtual foi convocada a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e se estenderá das 8h às 20h, com votação sequencial dos cinco ministros que compõem a Turma.


Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde o último sábado (22), quando Moraes atendeu a um pedido da PF respaldado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão citou a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica com uso de ferro de solda – registrada em vídeo por servidor do sistema de monitoramento – e o risco de fuga diante da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente à residência do pai.


A sessão extraordinária tratará exclusivamente da manutenção ou revogação da prisão preventiva. A defesa do ex-presidente já solicitou a substituição por prisão domiciliar, mas esse pedido não será analisado no julgamento de hoje.


Bolsonaro ocupa uma sala de 12 m² na PF, equipada com ar-condicionado, frigobar, TV e banheiro. Ele recebeu visita de Michelle Bolsonaro no domingo e aguarda autorização para receber os filhos.


Paralelamente, encerra-se hoje o prazo para apresentação dos segundos embargos de declaração no processo da trama golpista, no qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão em setembro. As defesas podem ainda optar por embargos infringentes, mas a probabilidade de aceitação é considerada baixa, já que apenas um ministro (Luiz Fux) divergiu da condenação na Primeira Turma.


A execução da pena só começará após o trânsito em julgado da condenação. Os réus ainda poderão tentar uma revisão criminal no plenário do STF.