Reunião do Conselho do Hospital Veredas ignora crise salarial que humilha funcionários

Reunião do Conselho do Hospital Veredas ignora crise salarial que humilha funcionários
Foto: Reprodução

Por Redação


O Conselho Deliberativo do Hospital Veredas marcou para o próximo dia 18, às 14h30, uma reunião extraordinária com pauta única: a análise e deliberação das contas referentes ao exercício de 2024. A convocação foi publicada no Diário Oficial do Estado e determina que o encontro ocorrerá nas dependências do próprio hospital.


A publicação oficial, no entanto, não menciona nenhum item relacionado à grave situação vivida pelos funcionários do Veredas. Há meses, trabalhadores enfrentam atrasos salariais e vêm realizando protestos constantes, interrompendo o trânsito da Avenida Fernandes Lima para chamar atenção para a crise.


Os funcionários, que semana após semana ocupam uma das principais vias de Maceió, afirmam que lutam para serem vistos e lembrados. Eles denunciam a situação como humilhante, ressaltando que permanecem “vivos, apesar de tudo”, mesmo com a falta de pagamento e o silêncio da direção.


Embora a convocação determine pauta exclusiva, há brechas que permitem a inclusão de outros assuntos, caso algum conselheiro provoque formalmente o debate. Essa possibilidade reacende expectativas internas de que o tema salarial seja finalmente enfrentado.


Entre os dirigentes do Veredas, há profissionais reconhecidos pela capacidade técnica e sensibilidade humana. A esperança entre os servidores é que esses nomes atuem para buscar soluções concretas e urgentes diante da situação considerada “trágica” pelos trabalhadores.


O Conselho Deliberativo da Fundação é presidido por Pedro Robério de Melo Nogueira, responsável pela condução das deliberações institucionais. Em recente reformulação administrativa, André Luis Ramires Seabra assumiu interinamente o cargo de diretor-presidente do Hospital Veredas.


A equipe diretiva conta ainda com Pauline Pereira, diretora financeira; Luiz Eustáquio Silveira Moreira Filho, diretor de patrimônio; e Miquéias Silva Damaceno Junior, diretor médico. A expectativa é que todos tenham papel decisivo na tentativa de reorganizar a instituição.


Enquanto a data da reunião se aproxima, a principal cobrança segue sem resposta: quando — e como — o Veredas quitará os salários atrasados. Para os trabalhadores, o silêncio administrativo apenas aumenta a sensação de abandono e agrava um cenário que já se tornou insustentável.