Caso Ana Beatriz entra em fase decisiva com primeira audiência judicial

Caso Ana Beatriz entra em fase decisiva com primeira audiência judicial
Foto: Reprodução

Por Redação


A primeira audiência de instrução do processo que apura a morte da recém-nascida Ana Beatriz será realizada nesta terça-feira (16), na Comarca de Colônia Leopoldina, no interior de Alagoas. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Estado (MPAL).


A sessão marca o início da fase de produção de provas orais. Estão previstas as oitivas de peritos e testemunhas indicadas pelas partes, além do depoimento da ré Eduarda Silva de Oliveira, mãe da criança, que confessou o homicídio.


O Ministério Público informou que a promotora de Justiça Francisca Paula Nobre acompanhará os trabalhos. A audiência integra o cronograma processual que antecede a fase de alegações finais.


O caso ganhou repercussão em abril de 2024, quando Eduarda registrou ocorrência alegando que a filha, então com 15 dias de vida, teria sido sequestrada por um grupo armado na BR-101, no povoado Eusébio, em Novo Lino, na Zona da Mata alagoana.


Na versão apresentada inicialmente, a mãe afirmou que três homens e uma mulher teriam levado a criança em um veículo preto. Ela relatou ter observado características físicas de dois dos supostos envolvidos.


Diante da denúncia, a Secretaria da Segurança Pública montou uma força-tarefa com a participação das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal para localizar a criança e identificar os responsáveis. As diligências se estenderam a outros estados.


Durante as investigações, um homem chegou a ser preso em Pernambuco, suspeito de participação no suposto sequestro. Posteriormente, a Polícia Civil concluiu que ele não tinha envolvimento com o caso e efetuou a liberação.


O corpo de Ana Beatriz foi encontrado no dia 15 de abril, na residência da família, escondido dentro de um armário, acondicionado em uma sacola junto a produtos de limpeza, na área de serviço do imóvel. A descoberta levou à mudança no rumo das investigações e à responsabilização da mãe pelo crime.